Quando escrevi o título desse artigo, eu comecei a fazer uma
volta no passado onde meu filho tinha quase 3 anos de idade. Parece que foi
hoje, a fonoaudióloga me fez um monte de perguntas e no final disse que ele
poderia ter autismo pois apresentava traços. Vim no ônibus meio que em choque,
eu nem sabia o que era Autismo e muito menos o porquê o meu filho tinha esse
tal Autismo, mas me recordo que comecei logo a pesquisar. Na época eu passava
por um casamento conturbado e cheio de brigas, tinha me casado com o pai do meu
filho na época porque eu engravidei, pois na minha família funcionava dessa
forma. Vivia perturbada com o casamento e ao mesmo tempo com a notícia que o
meu filho poderia ter autismo, foi uma época que sinceramente, eu não sei como não
enlouqueci. Quando Davi completou 4 anos, finalmente foi fechado o diagnóstico
de autismo.
Durante esse período, eu chorei, me desesperei, chorei
novamente e perguntei muito a Deus porque meu filho tinha que ter nascido com
autismo, mas depois de um tempo tive que me reerguer. Comecei me informando e
lendo mais sobre o assunto, e através do conhecimento adquirido eu entendi que
o mundo veria o meu filho como eu o vejo. Ainda bem que eu não fiquei lá,
naquela fase de luto cheia de indagações e perguntas pois hoje colho o fruto de
ter me reerguido e seguido e frente.
A fase do luto na nossa vida é importante sim, e é uma etapa
que deve ser vivenciada, mas não podemos permanecer nela pra sempre. Hoje com a
cabeça mais madura tenho orgulho de ter seguido em frente. Se você ainda está
vivenciando essa fase, quero te convidar a chorar bem muito, gritar, se
desesperar, chorar novamente e depois se erguer pois eu te garanto que o tempo
passará e o seu filho vai crescer, e um dia ele lembrará que você foi a primeira
pessoa a acreditar nele. Força!!! Eu consegui, então você também vai conseguir.
Adassa Lemos
Comentários
Postar um comentário